Poesia, um idioma da percepção:"Mesmo no meio do nevoeiro, não é difícil constatar que também não sei fazer poesias." (Carlos Alberto Coelho)
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09 setembro, 2007


Do poeta gaúcho, Sílvio Vasconcellos

O algoz de tuas melhores idéias
É o teu poderoso senso crítico
Que na lógica das centopéias
Tudo pisa com seu olhar analítico

Já o refém de teus pesadelos
É o medo de enfrentar tormentas
Mesmo que fuja para não tê-los
Prendem-te ao que lamentas

O vilão oculto de teus planos
Ronda sorrateiro tuas noites
Faz do certo teus enganos
E de carinhos rudes açoites

A vítima de tal mal-fadada sina
É a esperança que se desfaz
De encontrar a cada esquina
Refúgio tranqüilo de tua paz

Há ainda o juiz de teu gesto
Que a tudo pondera e resgata
Procura o equilíbrio indigesto
Entre o que agrada e destrata

Nesse cenário de grito e gargalhar
Moram os personagens de tua vida
Fazendo-te sorrir sem menos esperar
Ou chorar por cada perda contida

E no palco o que se encena
Para alguns é mera tragédia
Mas ao teu destino o que acena
Tem a força de ironia e comédia

Imagem:
Mirror Limbs - JoãoFigueiredo

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Senti-me imensamente homenageado, pelo post, pela visita, pelo carinho.

Voltes sempre por lá. A casa é tua e faças uso de meus verbos toda vez que teus substantivos pedirem.

Um beijo

Sílvio

9/18/2007  

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