Sentidos...

Poesia, um idioma da percepção:"Mesmo no meio do nevoeiro, não é difícil constatar que também não sei fazer poesias." (Carlos Alberto Coelho)
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08 abril, 2007

Beijo

Úmido, molhado, saudável.
Carinhoso, desejoso, safado.
Selinho, estalado, saciado.
Meigo, cardíaco, casado.
Olhares duas palavras
Sorrisos toques, o alarme.
A expectativa...

Vai me beijar?
O começo suave longo, à respiração.
Acelerada a temperatura em alta
Novamente
os olhares de admiração
Bocas entre abertas e defeso estar no ar
E vontade de mais beijar...



05 abril, 2007

Tudo de Vinicius

Vinicius de Moraes foi muito mais que nosso "Poetinha", apelido carinhosamente atribuído a ele. Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes foi compositor,intérprete, escritor, jornalista, advogado, diplomata. Uma pessoa que viveu a vida ao máximo, passou uma metade dela viajando, a outra amando (teve nove casamentos).

Nascido no dia 19 de outubro de 1913, era um apaixonado pelo mundo.Daí suas escolhas profissionais, em todos os sentidos. Obcecado pelo dom de viver, Vinicius sempre procurou fazer aquilo que lhe proporcionasse prazer.

A carreira diplomática começou em 1943, trabalhou como vice-cônsul, entre outros cargos.

Tais atividades só foram interrompidas em 1968, quando foi punido pelo Ato Institucional n.º 5 com aposentadoria compulsória do Itamaraty, depois de 26 anos de (bons) serviços prestados.

O jornalismo e a crítica de cinema foram outras ocupações profissionais.Trabalhou nos jornais Última Hora, A Manhã, Suplemento Literário, O Jornal e na revista Clima, entre outros lugares. Em 1936, ele foi nomeado representante do MEC na censura cinematográfica,onde, nas sessões, apenas dormia e nada censurava. Uma atuação mais animada e engajada viria em 1947, com a fundação da revista Filme, da qual ele participou e manteve contato com diretores famosos como Orson Welles e Walt Disney.

Viajante que era percorreu a Europa em 1952 com o objetivo de estudar a organização dos festivais de Cannes, Berlim, Locarno e Veneza. Em 1966, foi membro do Júri Internacional de Cannes.

Vinicius era admirado não apenas por sua obra. Antes de poeta, ele foi uma pessoa querida por todos seus companheiros, parceiros e amigos. Um carioca da gema,como podemos definir pelo seu amor à cidade, que pode ser comprovado através dos sonetos e músicas. Nosso poetinha faleceu no Rio de Janeiro em 9 de Julho de 1980, mas seu legado ainda está presente nos corações dos apaixonados. Apaixonados pela vida, acima de tudo.

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